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  • Vida no exterior e descobertas do mundo interior: Patricia East Conta Sua História

    Vida no exterior e descobertas do mundo interior: Patricia East Conta Sua História

    Se você já sentiu uma vontade quase inexplicável por uma experiência fora do conhecido e familiar, então entende exatamente onde começa a história que vamos contar hoje. Nascida em São Paulo, Brasil, Patricia East sempre teve uma vontade inata de explorar horizontes além das limitações geográficas e culturais em que estava inserida.

    Hoje, prestes a lançar o seu livro Passport to Growth: Leadership Lessons From an Expat, e com mais de 10 anos de carreira nos Estados Unidos, Patricia coleciona histórias e não mede esforços para impulsionar o desenvolvimento profissional de outras imigrantes brasileiras no exterior.

     

    Primeiros passos em busca de oportunidades no exterior

    Desde cedo, Patricia buscou oportunidades de intercâmbio em países como Austrália, África do Sul, Espanha e Estados Unidos, mas sem muito sucesso. Foi somente no último ano da faculdade de psicologia que descobriu o programa de AuPair, ainda pouco conhecido, enquanto folheava panfletos de uma agência de intercâmbio. Logo depois da sua graduação, embarcou para Connecticut para a sua primeira experiência no exterior.

    Um ano após trabalhar como AuPair nos Estados Unidos, Patricia retornou ao Brasil com uma nova perspectiva, decidindo mergulhar de vez em sua carreira em Recursos Humanos (RH), que havia iniciado com um estágio na indústria hoteleira durante a faculdade.

    Sua jornada a levou a Brasília e, posteriormente, de volta a São Paulo, onde explorou ao máximo cada vivência na hotelaria. Algum tempo depois, ingressou como gerente de RH da Glu Mobile, uma das maiores produtoras de jogos para dispositivos móveis do mundo, com sede em San Francisco. Apesar de já ter tido uma experiência imersiva com o inglês como AuPair, na Glu enfrentou mais um desafio com o idioma, dessa vez com o sotaque britânico de um dos líderes da empresa. Patricia lembra que antes de começar a trabalhar, costumava assitir o noticiário da BBC de Londres para se acostumar com a sonoridade e a pronúncia do inglês britânico. Quase dois anos após entrar na Glu, ela viu no site interno de carreiras da empresa que estavam contratando para o time de RH em San Francisco. Foi então que decidiu tomar a iniciativa e enviou um e-mail para o CFO da companhia explicando o que a tornava a melhor candidata para a vaga. Com sucesso, em seguida embarcou para San Francisco para passar algumas semanas conhecendo melhor a cidade, a equipe local e finalizando as negociações para a nova posição.

    Uma mudança diferente: retornando aos Estados Unidos de um jeito novo

    Em janeiro de 2012, Patricia embarcou novamente para os Estados Unidos, com destino à costa oeste. Diferente do programa de AuPair de um ano, essa temporada não tinha uma duração fixa. Foi sua primeira vez enfrentando uma mudança completamente sozinha, sem apoio de uma família estabelecida na região – desde a busca por um apartamento para alugar até a compra de mobiliário e a adaptação ao dia-a-dia na Bay Area.

    O novo cargo também veio acompanhado por uma série de diferenças culturais que deram início a uma jornada de descobertas para Patricia sobre os desafios e oportunidades da vida como imigrante. Apesar de realizar projetos de alta visibilidade, como a implementação de um sistema de recrutamento do zero em apenas três meses, Patricia sofreu discriminação por conta do seu sotaque, que chegou a ser percebido como prejudicial à sua comunicação por uma líder da sua empresa. Mesmo quando sua mensagem era clara, a presença do sotaque parecia diminuir sua credibilidade profissional. Esse não foi o único momento em que seu sotaque foi alvo de críticas. Em outras situações, foi informada de que seu sotaque poderia ser um obstáculo para sua ascensão como uma executiva de sucesso; inclusive recebendo sugestões para que adotasse um sotaque britânico para ser mais valorizada no ambiente profissional.

    Patricia mergulhou ainda mais na experiência de imigrante nos Estados Unidos ao ingressar na Barracuda Networks, onde cavou oportunidades para cuidar de processos imigratórios e se aprofundar no assunto. Além do desenvolvimento profissional, ela ressalta que desenvolveu uma empatia ainda maior em relação a cada caso imigratório: “Eu atuava como ponto central de comunicação entre os funcionários da empresa e os advogados de imigração. Além da logística, precisei lidar com fatores como ansiedade e medo dos aplicantes. Um pequeno erro no processo de visto ou residência poderia mudar completamente a vida de alguém, ou até de famílias inteiras”, comenta Patricia.

    Após concluir sua passagem na Barracuda Networks e retornar a Glu no início de 2018, Patricia recebeu uma proposta para integrar a equipe da Amyris, uma empresa de biotecnologia sediada em Emeryville, na Bay Area. Desde então, ela ocupou cargos de Gerente Sênior, Diretora e atualmente é Vice-Presidente Sênior de Recursos Humanos.

    Dualidades da vida no exterior: navegando escolhas e desafios (agora) cotidianos

    As dificuldades de viver no exterior são frequentemente subestimadas ou pouco discutidas em diálogos mais amplos. Enquanto alguns podem perceber o desenvolvimento da carreira de um imigrante de uma forma simples e linear, para aqueles que enfrentam os desafios diários da imigração, surgem questões paradoxais que muitas vezes fazem com que escolhas sejam repensadas.

    Patricia, assim como muitas brasileiras imigrantes, já enfrentou o medo de não poder estar fisicamente presente para sua família em momentos de urgência, especialmente relacionados à saúde. Pouco tempo após ingressar na Amyris, precisou viajar às pressas para o Brasil para estar ao lado de sua mãe, que estava enfrentando o câncer de mama e em estado de coma. O que deveria ser uma breve ausência se estendeu por um mês, até o falecimento de sua mãe, quando então Patricia retornou aos Estados Unidos; De um lado, culpada por se afastar de seu novo cargo em uma empresa que tinha acabado de entrar, e, de outro, culpada por querer continuar a oferecer apoio à sua família em um momento tão difícil. Mesmo com todos os desafios, sempre manteve a perseverança em continuar sua vida por aqui e, na medida do possível, equilibrar os seus “dois mundos”.

    Um ponto em comum de todas as vivências até agora? “A minha capacidade de adaptação, constante e rápida. Já mudei de cidade, país, empresa e casa por várias vezes – até mesmo de escola por seis vezes. O ‘novo’ sempre me moveu. Desde criança sempre fui super extrovertida. Quando encontrava outras crianças em parquinhos eu já puxava assunto dizendo ‘Oi, tudo bem? Meu nome é Patricia. Quer ser minha amiga?’”.

    Patricia no dia em que tirou sua cidadania americana.

    Construindo caminhos: comprometimento com o engajamento e desenvolvimento de outros profissionais

    No seu cargo atual, Patricia destaca que sua parte favorita é trabalhar diretamente com áreas como engajamento e desenvolvimento dos funcionários: “costumo aplicar a regra dos 3 Hs para estabelecer as expectativas e resultados de todas as minhas conversas durante meu programa de Office Hours, que devem ter o foco em um dos Hs: Hear, Help e/ou Handle”. Assim, ela se coloca à disposição para ouvir (hear), oferecer apoio ou mentoria (help) ou lidar com um desafio que a outra pessoa não esteja sabendo como proceder (handle). Sua formação como psicóloga e especialização em evidence-based coaching proporcionam uma perspectiva que visa sempre ouvir atentamente e validar o que a outra pessoa quer e precisa, otimizando assim o suporte oferecido.

    Com diversas experiências profissionais e ocupando cargos de destaque, Patricia enfatiza a importância de permanecer conectada com a comunidade imigrante, sobretudo brasileira, nos Estados Unidos. “Sempre busquei projetos e contatos além do ambiente de trabalho, participando de eventos de desenvolvimento de carreira, encontros da InterNations e até mesmo atividades acadêmicas para enriquecer meu currículo de estudos”.

    Passport to Growth: Leadership Lessons From an Expat

    Em seu novo livro, “Passport to Growth: Leadership Lessons from an Expat“, Patricia compartilha histórias desde suas experiências na infância até as diferenças na vida profissional entre os Estados Unidos e o Brasil, incluindo episódios de assédio e discriminação – infelizmente ainda muito comuns em nossa comunidade.

    Em uma passagem do livro, que em breve será traduzido para o português, comenta:

    “Eu imigrei para os Estados Unidos há mais de dez anos, e conforme os anos passam, não apenas consigo entender melhor a cultura americana, como também consigo me enxergar e enxergar a minha própria cultura de um ponto de vista diferente – e talvez menos enviesado” (tradução livre)

     

     

     

    Patricia acaba de voltar de Nova York, onde participou do evento CRiA, marcando o início da temporada de lançamentos do seu novo livro nos Estados Unidos. O livro, que será publicado pela editora WeeBook Publishing, fundada pela brasileira Ana Silvani, também foca em questões como inteligência emocional e growth mindset. Patricia destaca a ideia de que “todo mundo é líder; a gente se lidera o tempo inteiro tomando decisões desde que acordamos”.  

    A divulgação do livro contou até mesmo com um ação diretamente da Times Square

    Seja em São Paulo, na Bay Area ou em qualquer destino onde seu livro alcance, Patricia traz inspiração, força e conhecimento para nossa comunidade de brasileiras imigrantes.

    Próximos capítulos: Continue acompanhando a história de Patricia através do Instagram e LinkedIn.

    Link pré-venda do livro: Passport to Growth: Leadership Lessons From an Expat https://a.co/d/74S4l3f

  • Conexões à Mesa: Zaira Conta Sua História

    Conexões à Mesa: Zaira Conta Sua História

    Diferente de muitas histórias que encontramos por aqui, a jornada imigrante de Zaira Asis começa em solo brasileiro. Nascida na Argentina, Zaira se mudou para o Brasil com a família aos seis anos de idade. Aos 24 anos, abraçou um novo recomeço ao se mudar de São Paulo para São Francisco, na Califórnia, onde mora até hoje. Depois de quase uma década imersa no mundo corporativo, trabalhando na área de tecnologia, ela reencontrou sua paixão pela gastronomia, área na qual empreende atualmente.

    Foto: Acervo Pessoal

    Após se mudar para o Brasil ainda criança, Zaira teve sua educação básica e universitária em São Paulo, onde se formou em relações internacionais e gastronomia. Logo em seguida da sua graduação, começou a trabalhar na Meta (Facebook Inc), e alguns anos depois, teve a oportunidade de ser transferida para a sede da empresa em Menlo Park, Califórnia. Essa mudança não apenas marcou um ponto crucial em sua vida pessoal e profissional, mas também facilitou seu processo migratório para os Estados Unidos. 

    A nova fase nos Estados Unidos também trouxe desafios, incluindo diferenças culturais dentro da própria empresa. Uma das diferenças mais evidentes foi a natureza menos pessoal das relações de trabalho nos Estados Unidos. “O que mais me incomodava era a dificuldade de me expressar com autenticidade.  Com o passar do tempo encontrei o equilíbrio certo para me expressar melhor.”, relembra Zaira. 

    A identidade cultural de Zaira também passou por um momento de conflito durante a sua segunda mudança de país. Por ter morado muito tempo no Brasil, mas ter nascido na Argentina, ela se viu em meio a um embate interno. Hoje, deseja que as pessoas compreendam o quão empoderador é abraçar sua identidade cultural e entender que ela pode ser fluida. “Em vez de eu ser metade brasileira e metade argentina, sou os dois: 100% brasileira e 100% argentina”.

    Após oito anos trabalhando em diferentes equipes de produto na Meta, Zaira embarcou em um novo capítulo de sua vida, explorando sua paixão pela gastronomia de maneira mais profunda. “Sempre fui conhecida entre amigos argentinos e brasileiros como aquela pessoa que cozinha e reúne todo mundo; que cria conexões à mesa”, conta. Sua formação em gastronomia e sua habilidade de reunir pessoas a levou a começar a organizar eventos pop-up com raízes latino-americanas, inicialmente em sua própria casa e depois em outros locais: assim nascia a Casa Aya.  

    Foto: Acervo Pessoal

     

    Foto: Zaira Asis

    Zaira organizou pop-ups através da Casa Aya por seis meses e, em seguida, embarcou em diversas oportunidades de estágio nos renomados restaurantes Flour + Water, Rich Table e Lord Stanley. “Enxergar São Francisco com outros olhos foi muito mágico. Ter acesso aos bastidores da cena gastronômica da cidade mudou completamente minha perspectiva de viver aqui”, relata.

    Enquanto Zaira teve uma mudança total em sua rotina, deixando o mundo corporativo para trabalhar em restaurantes durante a noite e aos finais de semana, também se viu imersa em experiências até então incomuns. “A segunda-feira começou a ser meu domingo, e teve uma ocasião em que fui ao Conservatory of Flowers e estava perfeito, tranquilo. Minha nova rotina me permitiu vivenciar São Francisco de uma maneira maravilhosa em plena segunda-feira. Foi nesse momento que reconheci o privilégio de ter uma rotina diferente”. 

    Muito além de apenas cumprir o horário de trabalho, Zaira buscava conhecer a história por trás de cada prato. Um dos restaurantes em que trabalhou recebia chefs convidados todo mês: a cada nova criação, uma narrativa única. “Eu perguntava tudo sobre cada prato, seus ingredientes e a história que inspirou cada chef a criar”. Com sua curiosidade antropológica e o desejo de compartilhar essas histórias, Zaira levava também sua câmera para registrar as novas criações gastronômicas, os chefs convidados, colegas de trabalho e a conexão entre a comida e o ambiente. Após algum tempo, começou a compartilhar suas fotos e relatos no Instagram do próprio restaurante. 

    Foto: Zaira Asis

    Com o passar do tempo, Zaira começou a enxergar mais oportunidades para amplificar as histórias e criações dos restaurantes em que atuava. Foi assim que, em 2023, fundou uma pequena empresa de comunicação e marketing voltada para a gastronomia, Atelier Aya. Durante o primeiro ano de operação, Zaira destaca que seu grande aprendizado foi aprimorar sua própria história e saber comunicar o que seu próprio negócio tem a oferecer. Ao longo desse processo, ela percebeu que fazer parte de uma comunidade era ainda mais essencial para manter um senso de pertencimento e equilíbrio emocional. 

    Mesmo falando inglês fluentemente, ela ressalta que gerenciar um negócio em inglês traz uma camada extra de complexidade à sua rotina diária. “Minha rede de apoio foi fundamental para que eu pudesse navegar essa fase inicial do empreendedorismo, desde como abrir uma empresa até entender sobre impostos e leis – tudo isso pode ser muito intimidante para alguém sem experiência prévia”.

    Foto: Acervo Pessoal

    Apesar dos inúmeros desafios de empreender, Zaira carrega consigo um repertório cultural que faz toda a diferença ao contar histórias e criar comunidades através do marketing. “O marketing é extremamente lúdico e sensorial. Vindo de culturas latinas que são tão ligadas ao prazer voltado à mesa e à comida afetiva, vejo um grande valor no trabalho dos meus clientes. Para mim, é, muito natural criar narrativas que evidenciam essa riqueza gastronômica” 

    Ao refletir sobre o futuro, Zaira compartilha o desejo de continuar empoderando e criando uma plataforma para negócios de alimentos, especialmente aqueles mais artesanais e de propriedade de pessoas latinas, sobretudo mulheres. Em constante conexão entre Brasil, Argentina e Estados Unidos, Zaira traz sua visão sobre comida e expressão cultural em sua Newsletter merienda

    Foto: Acervo Pessoal

    Próximos capítulos: continue acompanhando a história da Zaira no LinkedIn e Instagram.

  • Da Arte à Maternidade: Giovanna Almeida Conta Sua História

    Da Arte à Maternidade: Giovanna Almeida Conta Sua História

     

    Giovanna e seu filho, Matteo. Foto: Acervo Pessoal.

    Giovanna, natural de Brasília e com passagem por Minas Gerais, atualmente chama Woodbridge Township, Nova Jersey, de lar. Sua trajetória é repleta de histórias que permeiam a fusão cultural de Nova York, dos bastidores do teatro e eventos a desafios corporativos. Hoje, o que começou como uma breve experiência solo de morar um tempo fora se consolidou como uma jornada compartilhada, agora marcada pela maternidade.

    A mudança para os EUA: primeiros passos na cidade que nunca dorme

    Antes de se mudar para os Estados Unidos, Giovanna, com experiência em atuação e produção teatral, trabalhava na Rede Minas, uma TV pública de caráter cultural e educativo. No entanto, em 2013, Giovanna se deparou com uma onda de demissões decorrentes do ajuste de politicas públicas, que resultou na dispensa da maioria dos funcionários para abrir espaço para futuros servidores contratados por meio de concurso público. Diante desse cenário desafiador, ela tomou uma decisão que iria mudar Sua História: aproveitar sua recisão para concretizar o sonho de passar uma temporada em Nova York.

    Ao chegar em NYC em 2014, Giovanna mergulhou na cena teatral, vivenciando de perto ensaios e produções de diversas companhias teatrais locais. Essa fase importante de sua jornada a aproximou de um companhia brasileira chamada Group.BR, a única companhia de teatro brasileiro em Nova York. Foi assim que conheceu a brasileira Debora Balardini, co-fundadora da Group.BR.Debora, que estava em processo de abrir um espaço multicultural e versátil de eventos, convidou Giovanna para conhecer o então chamado Punto Space e trabalhar como produtora do espaço. Essa oportunidade marcou o início do processo de imigração de Giovanna, quando aplicou para o visto de trabalho patrocinado pelo Punto Space.

    Em 2015, o Punto Space abriu suas portas no coração do Distrito Fashion. Ao perceber a necessidade de estabelecer um departamento de marketing, Giovanna liderou a criação, e, ao longo de 4 anos, a coordenação da equipe de marketing do local, desenvolvendo guia de marca, missão, visão, público-alvo, estratégias de mídias social e comunicação. Além disso, colaborou com renomadas empresas como L’Oréal, Netflix e marcas do New York Fashion Week.

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    Desenvolvimento de carreira: uma jornada cultural

    A adaptação ao ambiente de trabalho nos Estados Unidos foi um desafio para Giovanna. Acostumada a um ambiente mais acolhedor no Brasil, ela teve que ajustar-se à estrutura mais específica e segmentada das funções nos Estados Unidos. Superar os questionamentos externos e internos sobre suas habilidades foi um processo gradual, mas Giovanna rapidamente percebeu que suabagagem cultural não era uma limitação, mas sim um valioso recurso.

    No final de 2019, Giovanna ingressou na equipe do Gympass, uma empresa Brasileira com sede nos Estados Unidos. Desde então, ela tem percorrido diversas posições, iniciando na comunicação corporativa, passando pela área de eventos e, finalmente, chegando ao marketing de produto, sua posição atual. Apesar das mudanças de função, um elemento constante em sua trajetória foi a construção orgânica de relacionamentos com propósito e o apoio dedicado aos seus colegas. Além de suas habilidades profissionais, essa qualidade é intrínseca à sua personalidade. “Eu acredito na liderança baseada na empatia. Minha visão é única, mas nunca superior, e sempre preciso do outro. A máxima de que ninguém faz nada sozinho permanece mais atual do que nunca”, enfatiza Giovanna.

    Alegrias e desafios da Maternidade nos EUA

    Nos últimos anos, a maternidade se revelou como uma verdadeira virada de chave na vida de Giovanna, transformando significativamente seu mundo: “Muda tudo”, resume a mãe de Matteo, 2 anos. Apesar das inúmeras alegrias que a maternidade trouxe, Giovanna também se deparou com desafios únicos. A experiência de estar grávida durante a pandemia, afastada da família e amigos próximos, tornou-se uma jornada desafiadora.

    Momento família: Giovanna, Matteo e Alan

    A nova vivência trouxe consigo desafios culturais inéditos para Giovanna, destacando a necessidade de compreender os direitos das gestantes e as leis trabalhistas nos Estados Unidos relacionadas à maternidade. Giovanna compartilha que, nos Estados Unidos, há ainda um longo caminho a percorrer para proporcionar um olhar mais humanizado às mulheres grávidas e mães, abrangendo desde suporte médico até apoio educacional.

    A gravidez durante a pandemia intensificou a sensação de falta de acolhimento, impulsionando Giovanna a buscar apoio profissional por meio da terapia. Essa experiência nos faz refletir a importância de promover uma abordagem mais compreensiva e empática às necessidades das mulheres grávidas e mães.

    Após o nascimento do filho, o trabalho remoto tornou-se um privilégio. Sempre sintonizada com a cultura brasileira, ela considera cada oportunidade de transmitir suas raízes ao filho como uma valiosa herança: “Se eu puder deixar um legado para ele, será a brasilidade, um traço único em sua identidade”.

    Sobre a volta ao ambiente corporativo pós maternidade, Giovana afirma que quer continuar crescendo como mulher profissional e também como mãe.

    Comunidade e Conexões

    Atualmente, Giovanna participa de um grupo de WhatsApp de mães brasileiras em NYC e mantém muitas amizades que construiu na comunidade artística brasileira na cidade. Ela destaca a relevância dessas conexões, sublinhando que viver nos EUA sem acesso a uma comunidade brasileira torna a experiência bastante desafiadora. Sua história é um legado de brasileiridade, equilíbrio e uma busca constante por crescimento, tanto profissional quanto pessoal.

    Próximos capítulos: continue acompanhando a história da Giovanna no LinkedIn e Instagram.

    Até a próxima!