Tag: Eventos 2020

  • Happy Hour de Final de Ano – 9 de Dezembro

    Happy Hour de Final de Ano – 9 de Dezembro

    Happy Hour das BRAVEs. Nos reunimos para compartilhar nossas melhores e piores experiências de 2020!

    Diante desta montanha-russa que foi 2020, e o distanciamento social que mexeu com muitas de nós e deixou suas marcas, não podíamos deixar de fazer um happy hour virtual para termos um tempo só para nós. Um momento para nos conectarmos, trocarmos informações e nos apoiarmos.

     

     

     

    No começo do evento fizemos uma enquete e dividimos aqui com vocês:

     

     

     

  • Relato sobre nosso encontro virtual para profissionais

    Relato sobre nosso encontro virtual para profissionais

    É possível, sim, fazer conexões durante este período de isolamento.

    Essa foi a certeza que tivemos ao participar do evento de networking de reinauguração do nosso grupo no LinkedIn, promovido pelo BRAVE em parceria com o Grow Together. O encontro virtual, que reuniu em torno de 40 mulheres, foi dinâmico, engajador e eu até pude me sentir abraçada – mesmo que à distância.

    Após a apresentação inicial feita por Angela Teodoro, fundadora do BRAVE, e Estefania Barsante, fundadora do Grow Together, fomos divididas em grupos e isso nos permitiu conhecer melhor as participantes e otimizar o nosso tempo de conversa. Foi um momento de ouvir e ser ouvida, trocar experiências, ideias, contar sobre nossas dificuldades e desafios nesta jornada que é entrar no mercado de trabalho americano. No meu grupo, haviam duas mulheres de outros estados e nós conversamos sobre os processos seletivos e suas particularidades.

    Foi muito interessante conhecer realidades diferentes, e ao mesmo tempo tão parecidas! O sentimento de busca por um lugar ao Sol nos Estados Unidos é o mesmo.

    O que eu percebi, também, foi o quanto nossa comunidade é acalentadora, como somos mulheres determinadas e, mesmo não sabendo, somos fortes. Eu desejo a todas, muita sabedoria, paciência, carinho consigo mesmas e que nunca deixem de se sentirem orgulhosas por cada passo dado, cada pequena conquista e por serem BRAVEs.

    Esperamos vê-las em breve e poder compartilhar cada vez mais histórias de superação e sucesso!

    Não faz parte do nosso grupo no LinkedIn? Clique aqui.

  • Manifestações do racismo estrutural no Brasil e como ser uma aliada antirracista

    Manifestações do racismo estrutural no Brasil e como ser uma aliada antirracista

    “O racismo é estrutural e está dentro de nós. É histórico e é resultado de como construímos nossa sociedade”, afirmou Lara Barreto, diretora de parcerias do Vetor Brasil, durante o bate-papo virtual sobre Identidade Racial e Diversidade no Brasil, organizado pelo BRAVE, no dia 13 de junho.

    Como parte de nossas ações voltadas para o combate à discriminação racial, organizadas para aprofundar a conversa a respeito dos movimentos Black Lives Matter (Vidas Negras Importam), o diálogo com Lara lançou luz a sua experiência como mulher negra no Brasil. Ela apresentou alguns dados e histórias que mostram o panorama do racismo estrutural.

    “A intenção em trazer esses dados é mostrar como a população negra, hoje, está sendo vista de forma geral. Como está sendo percebida nos canais que a maioria acessa”, disse.

    Em sua exposição, apresentou dados que mostram manifestações objetivas do racismo estrutural, como por exemplo, a menor incidência de famílias negras com rendas per capita superiores a 3 salários mínimos, a menor frequência escolar com relação a brancos, e a porcentagem de representatividade de negros e pretos em espaços políticos, como o Congresso. Considerando que mais de 50% da população é negra, segundo o IBGE – sendo uma das maiores comunidades fora da África – uma representatividade proporcional nos espaços de poder político, social e econômico.

    Enquanto muitos indicadores apresentam melhorias em relação à desigualdade no Brasil nos últimos anos, eles ainda escancaram a lacuna entre negros e brancos. E isso apenas nos dados objetivos.

    Para falar da manifestação subjetiva do racismo, Lara questionou a falta de representação positiva de personagens negros na literatura e telenovelas. Em sua grande parte, os personagens negros ficam limitados a posições de subalternidade – como escravos ou funcionários domésticos – ou em tramas de violência ou vulnerabilidade.

    “Se eu, uma mulher ou criança negra, só vejo a representação de pessoas negras dessa forma nos livros, na Câmara, nas escolas, nos professores, por que eu acredito que este é um espaço que o negro pode estar, que esse é um espaço que eu posso ocupar?”, questionou. “E, enquanto pessoa não negra, porque eu acredito que essa pessoa tem capacidade de estar lá e que esse lugar também é dela?”.

    Consciência e aliança no antirracismo

    Lara também explicou as raízes históricas e sociais das manifestações recentes de racismo, como nas manifestações do Black Lives Matter, nos EUA, e Vidas Negras Importam, no Brasil. Neste contexto, sugeriu que pessoas brancas podem se tornar aliadas da luta antirracista.

    Se você ainda não conferiu nossas listas de recursos sobre questões raciais, confira aqui o conteúdos referentes ao Brasil em português, com diversas indicações feitas durante nosso bate-papo com a Lara. Acesse também os conteúdos referente aos EUA em inglês.

    Para ela, antes de tudo é preciso entender o histórico da escravidão no Brasil. Segundo uma analogia realizada pelo pesquisador Giovani Rocha, se a história do Brasil fosse condensada em apenas 5 dias completos, o tempo em que a população negra foi escravizada representaria mais de 3 dias completos.

    Lara acredita que as pessoas não-negras têm um papel muito importante nesse lugar de ruptura do modelo que a gente vive até hoje e reforça a importância da empatia, referindo-se ao conceito na obra “Pequeno Manual Antirracista”, de Djamila Ribeiro:

    Aqui destacamos um trecho de sua fala no evento:

    “O não-negro nunca estará no lugar do negro. Nunca vai ter vivido a realidade de passar na rua e não ter que usar nada coberto para não ser confundido com ninguém, e ser levado para polícia. (…) O desafio que é agora sair de máscara, principalmente para homens jovens e negros, como que eu vou sair de máscara na rua e não ser abordado?
    E nunca passaram por isso e nunca vão passar. E não precisam sentir essa dor para poder ser aliado e estar próximo. O ponto principal aqui é: como que ‘Eu’, entendendo que existe essa realidade, em que quase quatro dias de uma história de cinco dias em que os povos negros foram escravizados, e todos esses dados que discutimos, como que eu converso com as pessoas que são como eu, que passaram pelas realidades que eu passei? (…) E os aliad@s vão ter muito mais propriedade para fazer essa discussão e serem ouvidas nesses espaços. E nas manifestações do BLM a gente viu como se deu: as barreiras de pessoas brancas para enfrentamento a polícia, de proteção. Porque, de fato, a vida negra, hoje, no Brasil, vale menos. Os negros são mais mortos, como vimos nos dados. Então, se eu consigo proteger o outro, que eu faça da melhor forma possível sem negligenciá-lo e sem excluí-lo”.

    O bate-papo virtual contou com a participação de 33 pessoas que contribuíram com comentários, perguntas e ideias de como podemos continuar a nossa jornada de aprendizado sobre esse tema tão importante.

    Para mais encontros como esse, acompanhe nosso site, redes sociais (Facebook, Instagram, LinkedIn) e Newsletter mensal