Happy Hour das BRAVEs. Nos reunimos para compartilhar nossas melhores e piores experiências de 2020!
Diante desta montanha-russa que foi 2020, e o distanciamento social que mexeu com muitas de nós e deixou suas marcas, não podíamos deixar de fazer um happy hour virtual para termos um tempo só para nós. Um momento para nos conectarmos, trocarmos informações e nos apoiarmos.
No começo do evento fizemos uma enquete e dividimos aqui com vocês:
Documentarista lança campanha de financiamento coletivo para concretizar projeto cinematográfico que lança luz aos desafios de mulheres grávidas que vivem em situação de rua.
Ajude a realização do trabalho de documentação dessa questão urgente e comovente que afeta nossa comunidade na Bay Area. Apoie contribuindo como puder para a campanha e compartilhe em suas redes.
A Laura Ferro nasceu na Argentina, mas sua trajetória pessoal e profissional passou por vários cantos do mundo. Chegou a morar no Brasil por 10 anos, nas cidades de Porto Alegre, Curitiba e São Paulo. Durante este período, atuou na área artística, como coreógrafa e diretora de uma companhia de dança. Lá, recebeu um convite para levar o seu trabalho para Portugal, onde teve a oportunidade de dar aulas e cursos em diversos países europeus. Durante essa transição em sua carreira, Laura conheceu o seu marido, que é alemão, e, em 2013, eles decidiram se mudar para o Vale do Silício. Ao chegar por aqui, passou a fazer parte da nossa comunidade BRAVE praticamente desde sua fundação.
Passando por diversos países e idiomas, Laura e seu marido escolheram o português como o principal idioma para se comunicarem dentro de casa, mesmo sem nenhum dos dois serem nativos na língua. O resultado disso é que, atualmente, o filho do casal – que nasceu nos Estados Unidos – é fluente em Português.
Da criação teatral, Laura passou a se dedicar ao universo da filmagem. Hoje, ela é fundadora e diretora criativa da Rebel Monk Productions, uma produtora que cria conteúdos de vídeos para diversas empresas de tecnologia. Em paralelo, busca apoiar causas humanitárias por meio do que sabe fazer de melhor – filmar. Foi assim que começou a se dedicar à produção de documentários.
Em 2017, ela começou as filmagens do curta “Pregnant on the Streets” (Grávidas nas Ruas, em tradução livre), que retrata a vida de mulheres grávidas na Bay Area. São mulheres que dormem em tendas, carros ou nas ruas, e que estão passando pela difícil situação de viver sem um lar seguro. Estima-se que em San Francisco existam cerca de 200 mulheres grávidas na lista de espera por abrigos de emergência, e a intensa crise social de homelessness na Bay Area ficou ainda pior após a pandemia do Covid-19.
Sua jornada com o “Pregnant on the Streets” começou em 2015, quando Laura estava grávida de seu filho. Assistindo ao noticiário na TV, deparou-se com a história comovente de uma mulher sem lar, dando à luz em uma parada de ônibus. O contraste de sua situação e da circunstância daquela mulher a marcou profundamente. Naquele momento, decidiu usar seu talento e linguagem para documentar e pressionar por mudanças nessa realidade. Sua experiência como diretora de coreografia na América do Sul e na Europa conferiu-lhe sensibilidade e empatia para interagir com pessoas de diferentes culturas e experiências, e foi assim que Laura começou a dirigir e produzir este filme: conectando-se com as pessoas da comunidade, independentemente de sua formação ou situação.
O curta narra as batalhas e vitórias pessoais de três mulheres que desejam desesperadamente sair das ruas e criar seus filhos em um ambiente seguro. É possível vivenciar intimamente suas dificuldades, seja navegando nos serviços de atendimento ou perdidas em uma névoa de problemas de saúde mental e de vício em drogas. Ao ouvir suas histórias, é possível testemunhar a luta de cada uma dessas
mulheres, e também as possibilidades de redenção e um futuro cheio de esperanças.
E o que veio depois disso?
Três anos após o início do projeto, Laura decidiu voltar a filmar e mostrar os caminhos que suas vida tomaram. Realizou entrevistas adicionais com alguns dos principais especialistas neste assunto, desde um médico que trabalha com mães com vícios e problemas de saúde mental em situação de rua, até gerentes de programas para mulheres grávidas sem-teto e muito mais.
Desde o início, a equipe que produz o documentário vem doando o seu tempo e trabalho para finalmente concretizar o projeto. Agora na fase final, lançaram uma campanha na plataforma de financiamento coletivo GoFundMe para pedir apoio para cobrir os custos restantes para a finalização e distribuição. O projeto conta ainda com a parceria da nonprofitBrave Maker, entidade que receberá e administrará o dinheiro arrecado para a produção do filme. Por ser uma 501 c (3), os doadores terão incentivo fiscal.
A força das mulheres no mercado de trabalho e na capacidade de consumo crescem cada vez mais, e o seu potencial para transformar vidas e comunidades também.
De acordo com a Organização do Dia Internacional do Empreendedorismo Feminino (WEDO), nos EUA, cerca de 10 milhões de negócios pertencem a mulheres, gerando US$ 1,3 trilhão em receita e empregando 7,8 milhões de pessoas.
Ao mesmo tempo, as mulheres são menos propensas a serem empresárias e enfrentam mais desvantagens ao iniciar negócios: em 40% das economias, a etapa inicial da atividade empreendedora de mulheres é metade ou menos da metade da dos homens, segundo a UN Women. Milhões de mulheres ainda sofrem com grande desigualdade no acesso à educação, oportunidades de trabalho e de igualdade salarial em todo o mundo.
Para lançar luz aos desafios de retirar mulheres e garotas da pobreza, e celebrar e empoderar literalmente bilhões pelo mundo para empreender e participar ativamente de atividades econômicas, nasceu o Dia do Empreendedorismo Feminino.
Celebrada desde 2013, anualmente, no dia 19 de novembro, a data foi criada pela empreendedora de impacto social e ativista Wendy Diamond com a proposta de inspirar um movimento mundial para empoderar as mulheres nos negócios e aliviar a pobreza. Hoje, este dia faz parte do calendário das Nações Unidas e em pelo menos 144 países ao redor do mundo.
Nós, brasileiras, também temos o empreendedorismo no DNA. Em 2019, um estudo realizado pela consultoria McKinsey, em parceria com o evento Brazil at Silicon Valley, classificou o Brasil como um país de empreendedores ao constatar que 39% da população economicamente ativa tem sua própria empresa. Dessas 52 milhões de pessoas que estão à frente do próprio negócio no Brasil, 41% são mulheres.
Nos EUA, imigrantes têm quase duas vezes mais chances de se tornarem empreendedores do que os cidadãos americanos nativos. Diversos estudos apontam que imigrantes e refugiados são mais empreendedores, geram múltiplos benefícios econômicos, como: ajudam a melhorar a dinâmica em bairros, cidades e regiões em declínio econômico, geram milhões de empregos e bilhões de dólares de receita. Os imigrantes representam 27,5% dos empresários do país, enquanto representam cerca de 13% da população e 17% da força de trabalho.
Seja no Brasil ou no exterior, para empreender é preciso ser, antes de tudo, resiliente e não ter medo de se reinventar. Então, para reconhecer e destacar a história de coragem de tantas brasileiras empreendedoras na Bay Area preparamos uma série de conteúdos sobre o assunto durante o mês de novembro.
Fique por dentro da programação e participe:
10/11 – lançamento do BRAVE Podcast: Histórias de brasileiras imigrantes que fazem acontecer
No BRAVE Podcast, vamos ouvir histórias inspiradoras de brasileiras imigrantes que fazem acontecer. Elas fazem parte da comunidade BRAVE na Bay Area de San Francisco, e compartilham sentimentos, desafios e caminhos comuns da vida da brasileira imigrante na busca por mudanças de carreira, empreendedorismo e causas sociais. Seja para viver um grande amor, desenvolver novas habilidades, experimentar uma nova cultura ou tudo isso junto e misturado, perseguir os sonhos em outro país exige, acima de tudo, coragem. Serão 4 episódios que irão ao ar quinzenalmente, às terças-feiras, nas plataformas Spotify, Apple Podcasts e Deezer. Fique ligada e sintonize!
17/11 – Workshop Insta Business – Um roteiro para a sua marca no mundo digital
Em parceria com a Fernanda Fell e a Grow Together, realizaremos o workshop para mulheres empreendedoras que querem usar o Instagram como ferramenta de negócios. Vamos falar sobre marca pessoal, conteúdo e estratégia para que você desenvolva um perfil de sucesso com as ferramentas que já tem disponíveis. Inscreva-se para participar!
Compartilharemos relatos pessoais de empreendedoras em nossa campanha #BRAVESuaHistória. Acompanhem-nos pelas redes sociais e nossa comunidade online para ficar por dentro das novidades.