Autor: Equipe BRAVE

  • Por que eu criei: BRAVE no Facebook Community

    Por que eu criei: BRAVE no Facebook Community

    Nossa comunidade foi matéria do Facebook Community. Nossa fundadora, Angela Teodoro, foi entrevistada, e você pode ver a matéria traduzida abaixo. Se preferir ver a matéria na íntegra, em inglês, clique aqui.

    Por que eu criei: o grupo BRAVE, da Angela Teodoro, traz às imigrantes brasileiras um pedacinho de casa

    Em nossa série “Why I Create” (Por que eu criei – tradução livre), celebramos os motivos e momentos que levam nossos criadores de comunidade a fazer o que fazem. Desde histórias de origem até conexões pessoais, buscamos entender o que faz os criadores de comunidade sorrir e o que os motiva todos os dias.

    Conheça Angela Teodoro

    Angela Teodoro, natural do Brasil, mudou-se para os EUA em 2010, quando seu marido encontrou um emprego na região da baía de São Francisco. As restrições de visto a impediram de trabalhar imediatamente, então, ela queria muito se conectar com uma comunidade para ajudar a facilitar sua transição. Ao começar a encontrar e conhecer outras mulheres brasileiras, sentiu como se estivesse tendo a mesma conversa várias vezes. As recém-chegadas costumavam compartilhar conflitos semelhantes: desafios com o processo de imigração, estar longe da família, encontrar mercadorias brasileiras ou se adaptar à cultura local.

    Nascimento de BRAVE

    Então, Angela criou o BRAVE: Brasileiras no Vale, um espaço onde as mulheres brasileiras podiam se conectar, compartilhar respostas para essas perguntas comuns e oferecer compreensão e apoio. Angela tomou a decisão de limitar o grupo apenas às mulheres, porque queria criar um espaço seguro em que os membros pudessem se sentir confortáveis ​​em compartilhar e encontrar informações relevantes para suas situações. Ela decidiu construir a comunidade que desejava ter – um espaço de apoio para as mulheres se adaptarem a uma nova vida, isentos de uma rede profissional.

     

    Iniciando uma irmandade
    Angela decidiu que a melhor maneira de oferecer apoio era manter o grupo restrito a residentes da baía de São Francisco. As mulheres brasileiras podem fazer amizade em sua comunidade, achar eventos que acontecem em seu bairro e aprender quais mercados locais carregam mandioquinha (uma raiz sul-americana que muitos novos membros do grupo parecem não encontrar). Mais importante ainda é a rede de apoio. Seus membros sentem que realmente pertencem a uma comunidade forte com a qual podem se vincular e prosperar. É atualmente o maior grupo de brasileiros imigrantes na região da baía de São Francisco.

     

     

    Facilitando amizades

    Como um local de ajuda, apoio e amizade, Angela quer garantir que seu grupo seja fácil para as mulheres brasileiras encontrarem e participarem. No começo, muitas mulheres acharam o grupo através do boca a boca, recomendações de amigas ou conversas on-line ou pessoalmente. À medida que o grupo cresce, Angela e suas moderadoras consideram e reavaliam constantemente como melhorá-lo, tanto para aquelas que acabaram de chegar quanto para as que vivem na baía há anos. Uma coisa que elas estão fazendo é usar o Instagram como forma de promover as atividades ou eventos futuros do grupo.

     

     

    “Eu acho que o grupo do Facebook é uma ótima plataforma para fazer amigos, porque você conhece as [outras mulheres] no grupo e, e mesmo que você não tenha tantas coisas em comum com alguém, essa pessoa pode te apresentar a outra pessoa e isso se tornará um canal para novas amizades. Ouvimos muitas histórias de ‘me sentia tão sozinha, mas depois conheci uma mulher neste grupo, que agora é minha melhor amiga’.”

    Mão na roda

    O grupo oferece um enorme volume de informações úteis que respondem a todo tipo de perguntas e dúvidas. Um tópico que Angela diz que as mulheres consideram extremamente útil é chamado de “eu tenho … / eu preciso …”. Ele permite que os membros compartilhem itens não utilizados ou em excesso ou que peçam ajuda à comunidade. Pode ser qualquer coisa, desde “tenho móveis de pátio que não estou mais usando” a “preciso de roupas de maternidade”. Se um membro se sentir envergonhado de pedir ajuda, ele poderá permanecer anônimo e enviar a pergunta a uma moderadora para que ela poste em seu nome. A idéia é nos levantarmos, apoiar as mulheres em todas as dificuldades que possam estar enfrentando e oferecer muitas opções aos membros.

    “Algo que as pessoas sempre dizem sobre o grupo é que não há nada que você publique para o qual não haja resposta – alguém sempre tem uma sugestão, um conselho ou uma oferta de ajuda. Isso é incrível.”

    Mantendo a organização

    Angela também traz um talento real para a organização de seu grupo. Ela descobriu que documentar tudo e criar um manual  central de moderação seria uma ótima maneira de permanecer consistente e de responder facilmente a problemas ou assuntos recorrentes. Seu grupo também organiza conversas usando tópicos e álbuns, e as administradoras usam aprovações de postagem para manter o conteúdo relevante. Como uma das principais razões para a criação do grupo foi oferecer a possibilidade de que seus membros encontrassem respostas para suas perguntas recorrentes, é importante que o conteúdo cresça, mas que permaneça facilmente acessível. E com toda a experiência que adquiriu como administradora, Angela diz que gerenciar seu grupo a ajudou a melhorar e ter sucesso em seu trabalho de tempo integral.

    Histórias reais em podcast

    Angela e sua equipe estão planejando uma série de podcasts para promover algumas das histórias de seus membros para educar e inspirar outras mulheres. O primeiro episódio será sobre empreendedorismo, como três mulheres do grupo que se reuniram na inauguração de uma loja de brigadeiro. O próximo será focado em saúde da mulher, trazendo como convidadas uma médica, uma doula e uma funcionária da Planned Parenthood da comunidade Brasileiras no Vale. Angela vê o podcast como uma nova oportunidade para compartilhar todas as histórias e conselhos de mulheres com perspectivas diferentes que compartilham o mesmo contexto cultural.

    O que vem por aí?

    A equipe de Angela também está trabalhando na criação de um programa que usará o recurso de mentoria para combinar recém-chegadas ou mulheres em busca de ajuda com mulheres dispostas e aptas a oferecer ajuda. As duplas podem ser relacionadas à profissão ou ao estilo de vida, mas a idéia é que as mulheres recebam apoio e aconselhamento individual, o que permite ao grupo expandir seu valor e continuar oferecendo apoio a outras mulheres brasileiras na região da baía de São Francisco. Ao fortalecer e aproximar sua comunidade, Angela está capacitando cada membro a retribuir e capacitar outros.

  • Corrente do Bem – Posso ajudar/Preciso de ajuda

    Corrente do Bem – Posso ajudar/Preciso de ajuda

    Logo no começo do Shelter in Place por conta do Covid-19, criamos o tópico “Eu tenho/Eu preciso” no nosso grupo no “Brasileiras no Vale”no Facebook, na tentativa de contruir uma rede de suporte e distribuição de alimentos & recursos.

    Sabendo que a situação continua bem complicada, especialmente para quem é trabalhadora autônoma e também para quem perdeu sua fonte de renda, fizemos um formulário para cadastrar quem está precisando de ajuda e com o que, e quem pode ajudar com o quê. O nosso objetivo é conectar as pessoas que precisam com as que podem ajudar, incluindo projetos existentes.

    Ao responder, não precisa expor nada muito pessoal e garantimos a confidencialidade de todas. Não julgaremos a história de ninguém, já que cada um sabe onde o calo aperta e nenhuma pessoa tem condições de julgar/avaliar a necessidade da outra.

    Abriremos, também, a oportunidade para oferecer apoio emocional. Profissionais da saúde mental que estejam dispostas a ajudar, por favor, preencham o formulário! Sua ajuda será muito bem vinda.

    Caso deseje oferecer algo que não esteja listado, por favor, especifique no questionário.

    Cuidemos umas das outras!

  • Olhando para trás, para olhar pra frente!

    Olhando para trás, para olhar pra frente!

    Como tudo começou….

    Em 2013, após um happy hour com outras brasileiras, percebendo que as dúvidas e as conversas sobre as delícias e as dores de morar aqui eram similares, o grupo do Facebook foi criado. De Junho a Dezembro daquele ano, ainda aprendendo a usar a ferramenta, tive ajuda de mais outras três brasileiras (Luciana L, Luciana V e Fabiane) por alguns meses. O grupo fechou aquele ano com 100 membros, mas até eu entender a plataforma e o objetivo do grupo, decidi administrar e moderar ele sozinha.

    O BRAVE, que naquele ano teve vários nomes diferentes, surgiu da necessidade de facilitar a vida de outras imigrantes como eu. De ter um lugar central para trocarmos informações, conselhos e para ser um canal de comunicação entre as brasileiras imigrantes vivendo na Bay Area.

    Em 2014, já como Brasileiras no Vale, após várias conversas e muitos planos em mente, a Simone Sarmet entra como co-fundadora, e juntas lançamos nosso website, organizamos nosso primeiro evento presencial e recrutamos as primeiras colaboradoras!

    E, de lá pra cá, já teve festa, hiking, workshops. Lançamos Newsletter, Instagram, Podcast.  Mas o mais importante são as relações que foram criadas, as vidas impactadas e os projetos realizados. Quanta ajuda! Quanto apoio! Quantas amizades!

    São 7 anos de estrada, quase 5.000 mulheres conectadas, muitas transformações, de nome, visual…

    2020 em diante …

    Por diferentes motivos, o BRAVE entra em 2020 com uma escalação nova no time de colaboradoras. Alguns rostos conhecidos e outros novos.

    Desejamos boa sorte aos novos projetos da Simone Sarmet, Babi Gomide, Babu Fernandes, Karine Santos que não estão mais no time de colaboradoras, mas são peças essenciais dessa jornada e ainda parte da família BRAVE. Muito obrigada por tudo!

    Já com a nova equipe, começamos o ano com gás e novidades para continuar fortalecendo a comunidade de mulheres brasileiras no exterior. Sim, no exterior, estamos com um projeto piloto de expansão no Arizona.

    Estamos mais ativas no Instagram, já segue a gente, né? Lá você encontra as últimas ações, campanhas e iniciativas.

    Nossa pesquisa para entender quem somos e o que queremos está no ar – se você ainda não respondeu, não esquece; estamos também preparando uma nova temporada de Podcast, planejando eventos, e mais conteúdo pra vocês!

    Aproveitando, se você quer fazer mais, tem alguma idéia de como melhorar a organização, um projeto que tem tudo a ver com a nossa missão, vem com a gente. Precisamos muito da sua ajuda para manter o grupo ativo, para continuarmos impactando a vida de milhares de mulheres imigrantes – como nós! Não pode ajudar doando seu tempo, ajuda a gente comentando e participando das nossas ações, seguindo, curtindo e comentando nas nossas postagens nas mídias sociais.

    E por último, mas não menos importante, nosso muito obrigada a você, que faz da nossa rede um porto seguro para quem chega e quem fica. Sim, você! É o conjunto que nos torna o grupo que tudo sabe e que nenhuma pergunta é deixada sem resposta.

    Vamos juntas! Estreitando laços, retomando contato e realizando.