Autor: Equipe BRAVE

  • A história e o significado do feriado de Juneteenth

    A história e o significado do feriado de Juneteenth

    Dia 19 de junho, também conhecido como Juneteenth, é quando o país celebra o dia em que a última pessoa escravizada dos Estados Unidos soube da declaração de final da escravidão no país. Atualmente, as leis nos estados do Texas, Nova Iorque, Virginia e Washington garantem que esse seja um feriado pago, no entanto, diversas empresas em outros estados consideram essa data um feriado por iniciativa própria.

    O que significa o nome?

    Juneteenth é uma combinação das palavras June (junho) e nineteenth (dezenove), mas essa data também já foi chamada de Freedom Day, second Independence Day e Emancipation Day.

    Como o Juneteenth começou

    Inicialmente essa data era celebrada informalmente mesmo sem que o governo federal reconhecesse o Juneteenth como feriado. Contudo, isso mudou em 2021 quando o Congresso aprovou e o presidente assinou o Juneteenth National Independence Day Act que se tornou lei.

    Em 1863 o governo americano declarou o fim da escravidão. No entanto, muitas pessoas escravizadas não foram souberam de que tinham direito a sua liberdade por anos. A notícia chegou a Galveston Texas somente em 19 de junho de 1865. Seis meses depois, o estado da Georgia confirmou a emenda número 13 (13th Amendment)  que efetivamente marcou o fim da escravidão. A partir do ano seguinte, algumas famílias passara a se reunir e igrejas começaram a organizar piqueniques e discursos.

    Mais tarde, essa celebração assumiu outras formas por todo país.

    Para saber mais confira o vídeo abaixo (em Inglês com closed captions em Português):

    Referências

    Associated Press – The story behind Juneteenth and how it became a federal holiday

    CNN – The Juneteenth flag is full of symbols. Here’s what they mean

    NY Times – Juneteenth: The History of a Holiday

  • O que fazer em caso de pessoa desaparecida

    Nossa comunidade está sempre disposta a ajudar e isso não é diferente quando alguém aparenta estar desaparecido. No entanto, essa é uma situação delicada que existe passos que podem trazer mais resultados do que somente posts em mídias sociais.

    Informações básicas

    A primeira coisa a fazer é obter as seguintes informações:

    • Onde a pessoa desaparecida mora ou onde foi vista pela última vez.
    • Que autoridades já foram avisadas.
    • Informação sobre se alguém conhecido tentou procurar a pessoa desaparecida no local onde ela mora.
    • Se alguém solicitou algum “wellness check” (também conhecido como wellfare check ou well-being check).

    Missing person report

    Se a pessoa for de 18 anos, faça o “missing person report” imediatamente. Para isso, entre em contato com a autoridade local do seu condado (county).

    Em caso de adultos desaparecidos há mais de 48 horas, faça o “missing person report”. Na Califórnia não é necessário esperar 48 horas, mas as agências têm autonomia para determinar se vão abrir o “report” apenas depois de 24 horas ou 40 horas.

    Registro de pessoa desaparecida

    Incluir o nome da pessoa desaparecida na National Missing and Unidentified Persons System (NamUS).

    Em caso de menores, reportar também no National Center for Missing and Exploited Children.

    Posters e publicações nas redes sociais

    Se você for criar um poster ou publicação nas redes sociais, inclua:

    • Pelo menos duas fotos da pessoa desaparecida
    • Nome
    • Cidade/Condado onde a pessoa mora
    • Cidade/Condado onde a pessoa foi vista pela última vez
    • Peso, altura e idade
    • Marca e cor do carro
    • Número da delegacia onde o report foi feito (a National Alliance recomenda não colocar o número de contato da família)

    Instituições e mídia

    Entre em contato com hospitais, igrejas, abrigos e outras instituições que possam ter informação sobre a pessoa desaparecida.

    Em último caso, entre em contato com a mídia local.

  • Como foi a roda de leitura com a autora do livro “Nina na Califórnia”

    Como foi a roda de leitura com a autora do livro “Nina na Califórnia”

    Escrito por Laura Claes

    O que três mulheres têm em comum além do fato de serem mães, imigrantes e incentivarem o Português como língua de herança? Vem comigo que vou te mostrar. Criar filhos fora do seu país de origem não é uma tarefa fácil. Os desafios para as mães imigrantes são inúmeros e os benefícios também. À medida que os filhos crescem e encontram neste país seu lar, os pais imigrantes veem a necessidade de manter o vínculo com suas origens e cultura. Eles encontram na língua a conexão e o suporte que precisam.

    A língua de herança antes de ser uma modalidade, pode ser entendida por línguas trazidas por imigrantes e usadas por seus descendentes em suas comunidades. Assim, falante de língua herança é uma pessoa que foi criada num ambiente onde se utiliza uma língua minoritária e portanto diferente da língua maioritária no país em que se vive, e que fala ou pelo menos entende essa língua dentro de um contexto bilingue. Línguas de herança são  introduzidas e mantidas por grupos familiares, mas especificamente por mulheres que priorizam sua língua Materna.

    Renata

    Renata Formoso, brasileira, mãe do Noah e imigrante iniciou em 2020 a campanha de financiamento coletivo para seu primeiro livro ” Eu também falo Português” que conta a história da Nina, uma menina falante e curiosa, que relembra a real importância de manter a língua portuguesa, mesmo morando em um país super distante. O livro foi um sucesso de vendas em vários países da Europa e EUA e de grande identificação pelas crianças e também pelas famílias que encontram na personagem a representação do trabalho diário de promover e manter o português como língua de herança em suas casas.

    Laura

    Apaixonada por livros desde criança, Laura os vê como ferramentas para diferentes fases da sua vida. Enquanto estudante de psicologia se debruçou sobre livros teóricos durante sua formação e posteriormente conheceu outros livros e passou a utilizá-los nos ambientes terapêuticos com crianças e famílias. Quando se tornou imigrante e morou em Amsterdam recorreu aos livros, mas para fins pessoais, já que essa nova fase demandou novos aprendizados. Agora como mãe imigrante recorre novamente a eles, mas desta vez à literatura infantojuvenil. Através do seu perfil @casafeitadepalavras ela compartilha o amor que surgiu junto com sua filha pelos livros e desta vez, incentivando a leitura como aliada na promoção do português como língua de herança e na criação de filhos bilingues.

    Angela

    Angela, também imigrante, mãe de dois que em 2013 fundou o BRAVE, um grupo que começou no Facebook e hoje é uma rede de conexão, informação e apoio para mais de quase 7000  mulheres brasileiras da Bay Area. Ao longo dos anos, Angela e suas colaboradoras e voluntárias promovem diversos eventos e negócios, ganhando destaque pelo trabalho feito a comunidade.

    Evento

    O evento organizado e idealizado pela Laura e com o apoio do BRAVE aconteceu no dia 27 de Maio de 2023. A autora Renata Formoso que mora em Londres e veio para Califórnia para promover seu novo livro “Nina vai ao Brasil”. O evento gratuito para as crianças falantes da língua portuguesa e suas famílias, teve uma roda de leitura do novo livro da autora, espaço para perguntas, fotos e autógrafos e também um workshop de capoeira com o mestre Mike do movimento Mão pelo Pé Capoeira.

    Foi uma manhã especial para as mais de 30 crianças e famílias que estiveram conosco, mostrando que ações como essas incentivam os falantes de herança a partilharem de outros espaços nos quais sua língua e cultura podem ser incentivadas e preservadas. Eventos como estes e livros como o da Renata, mostram que a valorização da língua de herança e da cultura brasileira são essenciais para que os falantes de herança se identifiquem com sua língua e possam construir suas identidades e circular pelo bilinguismo com consciência sobre suas origens. Foi especial ver a interação das crianças com o mestre Mike e as experiências trocadas e as memórias construídas. E não podemos esquecer do reencontro da Angela e Renata, amigas de colégio que não se viam há alguns anos. Obrigada BRAVE pelo apoio e por conectar e apoiar mulheres da comunidade!