Categoria: Sua História

  • Ajudando mulheres a equilibrar maternidade e carreira: Alinne Rosa conta sua história

    Ajudando mulheres a equilibrar maternidade e carreira: Alinne Rosa conta sua história

    Alinne, seu marido Rodrigo e filhos
    Alinne, seu marido Rodrigo e filhos
    Alinne em Miami pela 1ª vez que veio aos Estados Unidos após assumir a posição de VP Americas da RX Global.
    Alinne em Miami pela 1ª vez que veio aos Estados Unidos após assumir a posição de VP Americas da RX Global.

    Maternidade e Mentoria

    Ao longo da sua carreira, Alinne percebeu que muitas mulheres com filhos desistem de suas trajetórias profissionais devido à falta de apoio e acolhimento nas empresas. Sua própria experiência também a fez compreender mais profundamente os medos e inseguranças que muitas mulheres enfrentam, como a ansiedade de não conseguir dar conta de todas as responsabilidades antes da licença ou os desafios do parto.

    Há sete anos, Alinne mentora mulheres que buscam equilibrar o crescimento profissional com as demandas da maternidade. Nos últimos três anos, formalizou esse apoio em parceria com a Giving Birth, uma consultoria argentina, estendendo sua atuação ao Brasil, Argentina e Estados Unidos. Sua mentoria vai desde o planejamento para uma saída bem-sucedida até o retorno ao trabalho. Com conversas estruturadas antes, durante e depois da licença, Alinne ajuda mulheres profissionais a entregarem uma transição de qualidade, definindo quem assumirá suas responsabilidades e como manter a comunicação ativa, preservando uma marca pessoal forte. Além disso, Alinne aborda o período de retorno ao trabalho, apoiando na reorganização da rotina e na valorização de novas habilidades adquiridas na maternidade, como resiliência, flexibilidade e eficiência: “grande parte do sucesso é não querer ser perfeita em todas as frentes e entender que nem sempre você vai estar emocionalmente bem”, reflete Alinne. 

    Nascia uma mãe em 2014, para fortalecer uma profissional realizada em 2022 (trabalhando em um dos maiores eventos da RX Global – NYC)

    Como um plano futuro, Alinne deseja expandir seu trabalho de mentoria, com foco em profissionais de RH de diferentes culturas e contextos de vida. Seu objetivo é promover o crescimento de carreira de maneira inclusiva, incorporando temas de maternidade e paternidade, principalmente com relação a corresponsabilidade de parceiros, para que cada profissional, independentemente do gênero, tenha a chance de construir um plano de carreira sustentável. 

    Próximos Capítulos

    Alinne continua dedicando parte do seu tempo ao voluntariado, oferecendo mentoria para mulheres que estão gestando e querem se preparar para uma retomada de carreira de alto impacto. 

    Continue acompanhando os próximos passos de Alinne através do seu LinkedIn ou entre em contato pelo email alinne.mack@gmail.com. E, claro, não esqueça de seguir o BRAVE no Instagram e no Substack (newsletter) para ficar por dentro das próximas histórias.

  • Concretizando Sonhos: Ingrid Munoz Conta Sua História

    Concretizando Sonhos: Ingrid Munoz Conta Sua História

    Aos 25 anos, Ingrid Munoz reside em Nashville, Tennessee, e tem um currículo profissional que conta com atuações na maior companhia aérea da América Latina e em uma das principais fornecedoras de serviços de saúde dos EUA. Em seu mais novo projeto, ensina inglês a mulheres das periferias do Brasil. No entanto, defini-la apenas pela sua profissão e endereço seria um verdadeiro desperdício de detalhes que inspiram e nos fazem refletir sobre a jornada imigrante. Desde muito jovem, ela coleciona conquistas e desafios dentro e fora do mercado de trabalho. Hoje, vamos conhecer um pouco mais sobre sua trajetória, movida pela vontade de aprender, crescer e retribuir à sua comunidade.

    Raízes e Primeiros Passos 

    Ingrid cresceu no Grajaú, um bairro da zona sul de São Paulo. Apesar de crescer em um ambiente onde cruzar fronteiras, sobretudo internacionais, ainda é algo inimaginável para muitos, Ingrid sempre sonhou em aprender inglês e explorar o mundo. Aos 14 anos, entrou como menor aprendiz na LATAM, maior companhia aérea da América Latina. Foi uma época de muito treinamento e desenvolvimento: “todo mundo falava algum outro idioma além do português e isso me incentivou muito a também aprender outros idiomas, sobretudo o inglês. Minha experiência naquela época foi decisiva para a forma como eu enxergaria o meu futuro”, comenta. 

    Aos 16 anos, Ingrid tornou-se a funcionária efetivada mais jovem da LATAM a nível mundial. Mesmo vivendo o dia a dia de uma empresa com alcance global, a velocidade com que estava aprendendo inglês não atendia suas expectativas, e então Ingrid começou a procurar experiências mais imersivas para acelerar o seu aprendizado. Ao mesmo tempo que queria se jogar de vez em uma experiência no exterior, não contava com a opção de uma mudança brusca, já que também ajudava em casa e precisava se planejar financeiramente para o intercâmbio.

    Aos 18 anos, ela decidiu deixar a LATAM e começou a trabalhar em uma empresa de saúde em meio período para que pudesse, aos poucos, se preparar para uma experiência fora. Entre o trabalho e aulas de  inglês, ela conseguiu equilibrar suas responsabilidades e seguir em frente com seu objetivo de crescimento pessoal e profissional. Um ano depois, Ingrid fechou contrato com uma agência de intercâmbio para atuar como au pair nos Estados Unidos. 

    Aprender inglês foi uma experiência muito desafiadora para Ingrid, especialmente quando era desencorajada por outras pessoas. “Uma professora de inglês me falou que eu nunca ia conseguir aprender inglês, que não era pra mim e isso foi um balde de água fria”, relembra. Determinada, trocou de professora e passou a estudar inglês diariamente, alcançando pequenas conquistas como entender uma série em inglês e textos mais complexos através do contexto e assimilação. 

    Durante o processo de se tornar au pair, Ingrid passou por várias entrevistas frustrantes e cancelamentos de contratos por conta da pandemia. Eventualmente, encontrou uma família na Pensilvânia com quem se identificou; um alivio em meio de tantas frustrações: “Quando consegui fechar o contrato com essa familia, em que os dois eram médicos e negros, me senti representada e pensei que tudo acontece da forma que tem que acontecer – e também me motivou pois estava diante de um ótimo exemplo que podemos chegar aonde quisermos, independente de onde viemos ou da nossa cor”, comenta Ingrid.

    Adaptação

    O período exato da mudança, a caminho do aeroporto, é uma virada de chave para muitas brasileiras imigrantes e com Ingrid não foi diferente. Ao se despedir da família no aeroporto, pensou em todas as dificuldades enfrentadas por sua família e como sua mãe sempre foi exemplo de resiliência. Além disso, como uma mulher preta da periferia, Ingrid sabia que poucas como ela já tiveram ou terão a oportunidade de viajar de avião, e pouquíssimas terão a oportunidade e possibilidade de mudar de país.

    Ingrid em família: irmã, esposo e mãe

    Para tornar sua aventura ainda mais cheia de adrenalina, suas malas foram extraviadas durante a conexão e ela teve que chegar aos Estados Unidos tendo que se comunicar para resolver a questão das malas, explicando o que tinha dentro delas e utilizando termos que ainda não dominava na nova língua. Entretanto, Ingrid havia estudado intensivamente para poder interagir com as crianças e agir em emergências, como ligar para a polícia ou pedir comida. 

    Com a primeira família, ela passou três meses. Além de todo o choque cultural, Ingrid afirma ter sofrido com o “complexo de vira-lata”, duvidando se merecia estar ali e sempre questionando se conseguiria falar inglês de forma suficiente. A falta de autoconfiança a paralisou, sentindo-se frustrada e temerosa em pedir um rematch ou completar passos importantes na vida da imigrante como tirar a carteira de motorista.

    Um desafio muito comum na jornada da imigrante brasileira também é lidar com uma visão extremamente estereotipada e deturpada da realidade brasileira. No caso de Ingrid, alguns questionamentos ficavam ainda mais claros que pessoas à sua volta não sabiam nem faziam a mínima questão de pesquisar por alto sobre o Brasil.

    Mudanças: rumo a novos desafios

    Após atuar como au pair na Pensilvânia durante três meses, ela se conectou com uma nova família e embarcou rumo a Las Vegas. Ao chegar, o host dad elogiou seu inglês, dizendo que era muito bom porque conseguiam se comunicar – e essa é uma lembrança que Ingrid carrega até hoje, por ter a incentivado a continuar sua jornada nos Estados Unidos. No entanto, após três meses, a família saiu do programa devido a situações financeiras e durante esse mesmo período Ingrid começou a namorar seu atual marido. Após alguns meses de namoro, decidiram se mudar para Dallas, no Texas, grande parte por conta da comunidade brasileira na região e o trabalho de seu esposo o dava flexibilidade de trabalhar remotamente.

    Então, em julho de 2022, se mudaram para o Texas. Embora não planejasse ficar nos EUA a longo prazo, viu uma boa oportunidade para crescer profissionalmente e construir uma carreira.

    Ingrid e esposo

    Crescimento Profissional

    Sempre focada na sua independência financeira, logo após a mudança para Dallas, Ingrid conseguiu um emprego em housekeeping em um hotel. “Essa foi uma experiência muito boa, pois tive a oportunidade de trabalhar com outras brasileiras, cada uma com sua história de vida, mas com muitos desafios em comum”.

    Foi durante essa época que também teve a realização de que brasileiros são ótimos profissionais que estão em falta com a autoconfiança, sobretudo atuando fora do Brasil. “Em uma visita recente ao Brasil, percebi o tanto de orgulho que minha família tem de mim. Ver minha avó me enxergando com um olhar de admiração me fez questionar o porquê não me via da mesma forma.”

    Ingrid e sua família no Brasil

    Após a temporada trabalhando no hotel, Ingrid passou por alguns outros empregos e, através de uma comunidade brasileira, conseguiu uma vaga de recepcionista para uma empresa no ramo automotivo, onde foi promovida para assistente do CEO, cargo que lhe rendeu responsabilidades de se comunicar com clientes e parceiros em vários países.

    Em setembro de 2023, se mudou para Nashville, e até recentemente atuava na área de serviços de saúde, como Data Entry Specialist. Ingrid conta que, durante o processo de contratação, pela primeira vez, negociou seu salário a partir de uma nova perspectiva, apresentando com fatos como o seu impacto na nova empresa justificaria o salário reajustado.

    Ao longo da sua carreira, Ingrid investiu em sua carreira buscando certificações relevantes, como a certificação do Google em Project Management e desenvolveu suas habilidades com foco em aprimorar processos, gerenciar dados e gerir projetos e atividades. 

    Educação Continuada e Novos Projetos

    Ingrid busca educação continuada, aproveitando cursos online, muitos dos quais conseguiu acessar por meio de doações a ONGs. Sua escolha pelo Project Management visa aprofundar sua compreensão dos frameworks e abordagens, enquanto ela se concentra em expandir seu vocabulário para a área administrativa, inclusive através do estudo de cursos em inglês e da prática regular no Duolingo. Ela se compromete com a consistência no uso da linguagem e aproveita recursos gratuitos, como aulas de conversação em bibliotecas e igrejas locais.

    Nos próximos passos de sua jornada, Ingrid está se preparando para ingressar na faculdade nos Estados Unidos, estudando disciplinas como Ciências, Matemática e Composição em Inglês, com a ajuda do programa HiSET para equivalência ao ensino médio. Enquanto isso, ela também está cursando Administração online no Brasil, visando especializar-se em Recursos Humanos. “Um dos meus objetivos é ajudar outras mulheres latinas a ingressarem no mercado americano, enfrentando seus medos e barreiras linguísticas”, compartilha.

    Ingrid acredita que a mentoria e espaços de troca e apoio mútuo entre mulheres têm grande impacto positivo na jornada de mulheres imigrantes, enfatizando que, ao colaborarem, todas têm a oportunidade de  alcançar seus objetivos. Em seu mais novo projeto, ela dedica parte do seu tempo para ensinar inglês a mulheres das periferias do Brasil.

    Nas horas vagas, Ingrid adora fazer bolos de festa. O preferido da vez? “Tres Leches”, que sempre marca presença nos eventos familiares que ela participa nos Estados Unidos com o marido, que é americano-mexicano. Além disso, ela valoriza muito o tempo passado ao lado de seu marido e o convívio com as pessoas da comunidade ao seu redor.

    Próximos Capítulos: acompanhe Ingrid pelo LinkedIn.

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  • Vida no exterior e descobertas do mundo interior: Patricia East Conta Sua História

    Vida no exterior e descobertas do mundo interior: Patricia East Conta Sua História

    Se você já sentiu uma vontade quase inexplicável por uma experiência fora do conhecido e familiar, então entende exatamente onde começa a história que vamos contar hoje. Nascida em São Paulo, Brasil, Patricia East sempre teve uma vontade inata de explorar horizontes além das limitações geográficas e culturais em que estava inserida.

    Hoje, prestes a lançar o seu livro Passport to Growth: Leadership Lessons From an Expat, e com mais de 10 anos de carreira nos Estados Unidos, Patricia coleciona histórias e não mede esforços para impulsionar o desenvolvimento profissional de outras imigrantes brasileiras no exterior.

     

    Primeiros passos em busca de oportunidades no exterior

    Desde cedo, Patricia buscou oportunidades de intercâmbio em países como Austrália, África do Sul, Espanha e Estados Unidos, mas sem muito sucesso. Foi somente no último ano da faculdade de psicologia que descobriu o programa de AuPair, ainda pouco conhecido, enquanto folheava panfletos de uma agência de intercâmbio. Logo depois da sua graduação, embarcou para Connecticut para a sua primeira experiência no exterior.

    Um ano após trabalhar como AuPair nos Estados Unidos, Patricia retornou ao Brasil com uma nova perspectiva, decidindo mergulhar de vez em sua carreira em Recursos Humanos (RH), que havia iniciado com um estágio na indústria hoteleira durante a faculdade.

    Sua jornada a levou a Brasília e, posteriormente, de volta a São Paulo, onde explorou ao máximo cada vivência na hotelaria. Algum tempo depois, ingressou como gerente de RH da Glu Mobile, uma das maiores produtoras de jogos para dispositivos móveis do mundo, com sede em San Francisco. Apesar de já ter tido uma experiência imersiva com o inglês como AuPair, na Glu enfrentou mais um desafio com o idioma, dessa vez com o sotaque britânico de um dos líderes da empresa. Patricia lembra que antes de começar a trabalhar, costumava assitir o noticiário da BBC de Londres para se acostumar com a sonoridade e a pronúncia do inglês britânico. Quase dois anos após entrar na Glu, ela viu no site interno de carreiras da empresa que estavam contratando para o time de RH em San Francisco. Foi então que decidiu tomar a iniciativa e enviou um e-mail para o CFO da companhia explicando o que a tornava a melhor candidata para a vaga. Com sucesso, em seguida embarcou para San Francisco para passar algumas semanas conhecendo melhor a cidade, a equipe local e finalizando as negociações para a nova posição.

    Uma mudança diferente: retornando aos Estados Unidos de um jeito novo

    Em janeiro de 2012, Patricia embarcou novamente para os Estados Unidos, com destino à costa oeste. Diferente do programa de AuPair de um ano, essa temporada não tinha uma duração fixa. Foi sua primeira vez enfrentando uma mudança completamente sozinha, sem apoio de uma família estabelecida na região – desde a busca por um apartamento para alugar até a compra de mobiliário e a adaptação ao dia-a-dia na Bay Area.

    O novo cargo também veio acompanhado por uma série de diferenças culturais que deram início a uma jornada de descobertas para Patricia sobre os desafios e oportunidades da vida como imigrante. Apesar de realizar projetos de alta visibilidade, como a implementação de um sistema de recrutamento do zero em apenas três meses, Patricia sofreu discriminação por conta do seu sotaque, que chegou a ser percebido como prejudicial à sua comunicação por uma líder da sua empresa. Mesmo quando sua mensagem era clara, a presença do sotaque parecia diminuir sua credibilidade profissional. Esse não foi o único momento em que seu sotaque foi alvo de críticas. Em outras situações, foi informada de que seu sotaque poderia ser um obstáculo para sua ascensão como uma executiva de sucesso; inclusive recebendo sugestões para que adotasse um sotaque britânico para ser mais valorizada no ambiente profissional.

    Patricia mergulhou ainda mais na experiência de imigrante nos Estados Unidos ao ingressar na Barracuda Networks, onde cavou oportunidades para cuidar de processos imigratórios e se aprofundar no assunto. Além do desenvolvimento profissional, ela ressalta que desenvolveu uma empatia ainda maior em relação a cada caso imigratório: “Eu atuava como ponto central de comunicação entre os funcionários da empresa e os advogados de imigração. Além da logística, precisei lidar com fatores como ansiedade e medo dos aplicantes. Um pequeno erro no processo de visto ou residência poderia mudar completamente a vida de alguém, ou até de famílias inteiras”, comenta Patricia.

    Após concluir sua passagem na Barracuda Networks e retornar a Glu no início de 2018, Patricia recebeu uma proposta para integrar a equipe da Amyris, uma empresa de biotecnologia sediada em Emeryville, na Bay Area. Desde então, ela ocupou cargos de Gerente Sênior, Diretora e atualmente é Vice-Presidente Sênior de Recursos Humanos.

    Dualidades da vida no exterior: navegando escolhas e desafios (agora) cotidianos

    As dificuldades de viver no exterior são frequentemente subestimadas ou pouco discutidas em diálogos mais amplos. Enquanto alguns podem perceber o desenvolvimento da carreira de um imigrante de uma forma simples e linear, para aqueles que enfrentam os desafios diários da imigração, surgem questões paradoxais que muitas vezes fazem com que escolhas sejam repensadas.

    Patricia, assim como muitas brasileiras imigrantes, já enfrentou o medo de não poder estar fisicamente presente para sua família em momentos de urgência, especialmente relacionados à saúde. Pouco tempo após ingressar na Amyris, precisou viajar às pressas para o Brasil para estar ao lado de sua mãe, que estava enfrentando o câncer de mama e em estado de coma. O que deveria ser uma breve ausência se estendeu por um mês, até o falecimento de sua mãe, quando então Patricia retornou aos Estados Unidos; De um lado, culpada por se afastar de seu novo cargo em uma empresa que tinha acabado de entrar, e, de outro, culpada por querer continuar a oferecer apoio à sua família em um momento tão difícil. Mesmo com todos os desafios, sempre manteve a perseverança em continuar sua vida por aqui e, na medida do possível, equilibrar os seus “dois mundos”.

    Um ponto em comum de todas as vivências até agora? “A minha capacidade de adaptação, constante e rápida. Já mudei de cidade, país, empresa e casa por várias vezes – até mesmo de escola por seis vezes. O ‘novo’ sempre me moveu. Desde criança sempre fui super extrovertida. Quando encontrava outras crianças em parquinhos eu já puxava assunto dizendo ‘Oi, tudo bem? Meu nome é Patricia. Quer ser minha amiga?’”.

    Patricia no dia em que tirou sua cidadania americana.

    Construindo caminhos: comprometimento com o engajamento e desenvolvimento de outros profissionais

    No seu cargo atual, Patricia destaca que sua parte favorita é trabalhar diretamente com áreas como engajamento e desenvolvimento dos funcionários: “costumo aplicar a regra dos 3 Hs para estabelecer as expectativas e resultados de todas as minhas conversas durante meu programa de Office Hours, que devem ter o foco em um dos Hs: Hear, Help e/ou Handle”. Assim, ela se coloca à disposição para ouvir (hear), oferecer apoio ou mentoria (help) ou lidar com um desafio que a outra pessoa não esteja sabendo como proceder (handle). Sua formação como psicóloga e especialização em evidence-based coaching proporcionam uma perspectiva que visa sempre ouvir atentamente e validar o que a outra pessoa quer e precisa, otimizando assim o suporte oferecido.

    Com diversas experiências profissionais e ocupando cargos de destaque, Patricia enfatiza a importância de permanecer conectada com a comunidade imigrante, sobretudo brasileira, nos Estados Unidos. “Sempre busquei projetos e contatos além do ambiente de trabalho, participando de eventos de desenvolvimento de carreira, encontros da InterNations e até mesmo atividades acadêmicas para enriquecer meu currículo de estudos”.

    Passport to Growth: Leadership Lessons From an Expat

    Em seu novo livro, “Passport to Growth: Leadership Lessons from an Expat“, Patricia compartilha histórias desde suas experiências na infância até as diferenças na vida profissional entre os Estados Unidos e o Brasil, incluindo episódios de assédio e discriminação – infelizmente ainda muito comuns em nossa comunidade.

    Em uma passagem do livro, que em breve será traduzido para o português, comenta:

    “Eu imigrei para os Estados Unidos há mais de dez anos, e conforme os anos passam, não apenas consigo entender melhor a cultura americana, como também consigo me enxergar e enxergar a minha própria cultura de um ponto de vista diferente – e talvez menos enviesado” (tradução livre)

     

     

     

    Patricia acaba de voltar de Nova York, onde participou do evento CRiA, marcando o início da temporada de lançamentos do seu novo livro nos Estados Unidos. O livro, que será publicado pela editora WeeBook Publishing, fundada pela brasileira Ana Silvani, também foca em questões como inteligência emocional e growth mindset. Patricia destaca a ideia de que “todo mundo é líder; a gente se lidera o tempo inteiro tomando decisões desde que acordamos”.  

    A divulgação do livro contou até mesmo com um ação diretamente da Times Square

    Seja em São Paulo, na Bay Area ou em qualquer destino onde seu livro alcance, Patricia traz inspiração, força e conhecimento para nossa comunidade de brasileiras imigrantes.

    Próximos capítulos: Continue acompanhando a história de Patricia através do Instagram e LinkedIn.

    Link pré-venda do livro: Passport to Growth: Leadership Lessons From an Expat https://a.co/d/74S4l3f